Segundo os botânicos, a
Floresta Atlântica é a mais diversificada do planeta, com mais de 25 mil
espécies de plantas. O elevado índice de chuvas ao longo do ano permite a
existência dessa vegetação rica, densa. Tanto que em uma pequena área de alguns
metros quadrados podem ser identificadas mais de 50 espécies diferentes.
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Embaúba |
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Plameira-Juçara |
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Figueira |
Entre as árvores mais famosas
desse ecossistema estão as Canelas, Palmeiras (como a Palmeira-Juçara),
Coqueiros (como Coqueiro-Jerivá), Figueiras, Pau-D`álhos, Jatobás, Jequitibás, Guapuruvús,
Manacás-da-Serra, Embaúbas, Paus-Brasis, Jacarandás, Maçarandubas, Guanandis e Cabreúvas.
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Jequitibá |
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Guapuruvú |
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Epífitas e Samambaias |
Nos
sub-bosques da Floresta Atlântica predominam as árvores jovens, as de menor
porte e outras plantas como as epífitas - gravatás, bromélias, orquídeas - os musgos
e os liquens, assim como samambaias, xaxins, helicônias (Bananeira-do-brejo),
begônias e lírios de várias espécies. Muitas dessas plantas se abrem e flores
das mais variadas tonalidades, compondo maravilhosamente com o verde e marrom
da floresta.
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Helicônia |
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Xaxim |
Escoradas
nas árvores, estendendo-se do solo em direção à luz que atinge o dossel da
floresta, estão as várias espécies de lianas, cipós e trepadeiras, que decoram
o interior das matas com um visual emaranhado bem característico das florestas
tropicais.
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Lianas, cipós e trepadeiras |
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Saprófitas |
No
solo estão as micorrizas (fungos que auxiliam às raízes das árvores na absorção
dos nutrientes) e as plantas saprófitas (plantas e fungos que não fazem a
fotossíntese e que ajudam na reciclagem de matéria orgânica em decomposição). Já
os musgos se espalham como um tapete verde no chão úmido da floresta, sobre
raízes das árvores e sobre as pedras. O
solo também é um berçário para novas árvores, que brotam timidamente em meio a
serrapilheira, pacientemente esperando o momento para espicharem em direção à
luz. Quando uma árvore mais velha cai abrindo uma clareira, esse processo de
crescimento das árvores novas chega a ser mais rápido, num processo sucessório natural, cicatrizando a
"ferida" e mantendo a exuberância da floresta.
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Luz através de um clareira no dossel |
A
habilidade de recomposição da mata é grande e
sábia. Num primeiro momento aparecem as espécies pioneiras, mais rústicas,
de crescimento rápido e menor porte, como por exemplo a Embaúba. Assim que o ambiente
fica propício devido à sombra e umidade garantidas pelas espécies pioneiras,
surgem as espécies clímax, de grande porte crescimento lento, como o Jatobá e o
Jequitibá.
É
comum vermos uma espécie de árvore brotar bem longe de outro exemplar
semelhante, em lugares inusitados. Isso porque, além da dispersão pelo vento e chuva,
um dos meios mais eficazes é através dos animais que carregam essas sementes
para esses novos lugares, seja através das fezes ou do fato desses animais
esquecerem onde esconderam o fruto ou a semente que iriam comer posteriormente.
Seguem fotos de outras espécies citadas no texto acima:
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Jatobá |
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Pau-Brasil |
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Coqueiros-jerivá |
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Frutos do Coqueiro-jerivá |
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Manacás-da-serra floridos |
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Flor da Bromélia |
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Gravatás |
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Lírios |
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